Cinema na escola: Por onde começamos?

Educação

Como o cinema pode ser impactante na educação e desafios para inserir essa mídia no cotidiano escolar.

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Falar do audiovisual, especialmente do cinema e suas potencialidades na escola, recai refletirmos o quanto ainda estamos distantes de políticas públicas que estejam comprometidas com a sua permanência no contexto escolar.

A presença do filme, recurso muito utilizado por educadores para referenciar determinado momento histórico ou exemplificar algum conteúdo específico, demonstra manter a chama do cinema viva na escola, apesar das possibilidades descritas não possibilitarem que a dimensão criativa do cinema possa ser utilizada em prol do processo de construção do conhecimento e muitas vezes não proporcionam uma experiência de aguçamento crítico dos educandos.

Quantas vezes, você professor(a) não foi surpreendido por algum aluno ou funcionário da escola quando a proposta para aula daquele dia seja um filme. E muitas vezes escutamos: “Vai ter aula ou vai ser só o filminho mesmo”. Não é verdade?

Nesse sentido, torna-se interessante questionarmos o senso comum e as instituições que estão no controle das formações e informações dos nossos alunos e porque não dizer de nós cidadãos quanto a relação Cinema-educação. O primeiro ponto diz respeito ao caráter instrumental que o cinema, infelizmente vem sendo operacionalizado nas instituições de ensino, sobretudo na Educação básica. Portanto, precisamos pontuar que cinema é arte e precisa ser visto, pensado e praticado como arte nas instituições escolares.

Não é difícil encontramos escolas que utilizam filmes como entretenimento, em muitos casos como passatempo para alguma eventualidade que possa ter acontecido nas suas respectivas rotinas. Se afastar dessa concepção de mero recurso pedagógico, possibilita que estejamos dispostos a compreender o cinema como potência no processo de ensino-aprendizagem.

De fato, nessa relação pela presença do cinema na escola possuímos somente Lei a 13.0006 de 2014 sugerindo que “a exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo sua exibição obrigatória por no mínimo duas horas mensais”. Entretanto, não há menção a qualquer formação que as secretarias precisam possibilitar aos educadores para a concretização dos textos da Lei, não há alusão dos recursos financeiros dedicados para a compra de equipamentos e tampouco do aparelhamento e ambientação dos espaços para que os a proposta não seja somente implantada mas especialmente, implementada.

Destarte a luta dos cineclubes e projetos que reivindicam a  presença do cinema nos ambientes escolares, muitas vezes liderado por um pequeno grupo de educadores, quiçá quando a luta é sustentada por apenas um(a) professor(a), demonstra o quanto as políticas públicas não observam com boa vontade o fortalecimento do campo Cinema-educação.


Publicado por: BRUNO SERGIO

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